domingo, 4 de janeiro de 2009

Catástrofes — são castigos divinos?

Julga o Deus Todo-Poderoso Comunidades Hoje em Dia?
Não se pode negar que Deus fez isso no passado. Os exemplos registrados nas Escrituras — o Dilúvio dos dias de Noé, a destruição de Sodoma e Gomorra, e, em duas ocasiões, a destruição de Jerusalém, cidade associada ao Seu grande nome — mostram que o Deus Todo-Poderoso pode trazer punição deliberada àqueles que repetidamente deixam de manter Seus padrões. — Gênesis 7:11, 17-24; 19:24, 25; 2 Crônicas 36:17-21; Mateus 24:1, 2.
Mas que dizer de hoje? Que haveria um período de calamidades mundiais foi predito por Cristo Jesus em Mateus, capítulo 24, Marcos, capítulo 13 e Lucas, capítulo 21. Nesses capítulos, ele forneceu aviso profético de eventos e de condições que estariam associados à terminação deste sistema de coisas, de modo que pessoas refletivas pudessem entender que ele estava governando invisivelmente desde o céu. Tais profecias estão tendo cumprimento hoje. Deve-se observar, porém, que, junto com cada um dos julgamentos acima mencionados, Jeová Deus, antes da destruição, forneceu claros e repetidos avisos. (Amós 3:7) Todavia, no caso das catástrofes naturais que ocorrem em nossos dias, os avisos geralmente procedem de autoridades seculares, baseados em observações científicas.
Além disso, o discípulo Tiago nos informa, no capítulo um de sua carta, versículo 13: "Por coisas más, Deus não pode ser provado, nem prova ele a alguém." Com a crescente população mundial, o homem passou a viver próximo a muitos perigos em potencial. A demanda de espaço para moradias e para o cultivo de alimentos resulta no desmatamento de áreas que antes eram florestas, contribuindo, às vezes, até mesmo para a intensidade de certas calamidades naturais resultantes de chuvas em excesso e o rápido escoamento.
Portanto, não seria correto dizer que as catástrofes naturais sejam diretamente enviadas pelo Deus Todo-Poderoso como castigo para os que moram nas regiões atingidas. De fato, é fácil perceber que muitas pessoas inocentes, tais como criancinhas, são as que mais sofrem em tempos de aflição. No entretanto, embora o Deus Todo-Poderoso não cause tais calamidades, ainda assim podemos perguntar:
Há Lições Que Podemos Aprender?
Sim. Para os que moram nas regiões atingidas, há o teste de quanto valor dão aos bens materiais, em contraste com a própria vida. Algumas pessoas, nessas ocasiões, têm corrido riscos de vida desnecessários, apenas para salvar uns poucos pertences. Precisamos lembrar-nos de que Jesus declarou: "Mesmo quando alguém tem abundância, sua vida não vem das coisas que possui." (Lucas 12:15) Bens materiais podem ser recuperados, mas não se pode recuperar a vida. — Mateus 6:19, 20, 25-34.
Catástrofes naturais também fazem as pessoas refletir em como levam a vida. O apóstolo Paulo exortou os cristãos a terem cuidado com o seu modo de proceder: "Portanto, vejam bem como vivem. Não vivam como ignorantes, mas como sábios. Aproveitem bem o tempo porque os dias em que vivemos são maus." (Efésios 5:15, 16, A Bíblia na Linguagem de Hoje) Toda prova que a pessoa enfrenta na vida é um lembrete da importância de se ter forte fé.
Uma terceira lição que aprendemos das calamidades naturais é que precisamos desenvolver maior sentimento de solidariedade, ou empatia, por outros. Na região da catástrofe, é necessário mostrar preocupação amorosa para com os companheiros de infortúnio, em vez de adotar a atitude de que cada um tem de arranjar-se sozinho. Isto se dá especialmente com aqueles a quem se confiou a responsabilidade de cuidar de outros. O profeta Isaías descreveu os que ele chamou de "príncipes" como "abrigo contra o vento e como esconderijo contra o temporal, como correntes de água numa terra árida, como a sombra dum pesado rochedo numa terra esgotada". — Isaías 32:1, 2.
Ao mostrar empatia durante catástrofes, há muitas oportunidades para partilhar com outros o que possuímos, tanto em palavras como em ações. Por exemplo, a erupção vulcânica do monte Pinatubo e suas subseqüentes catástrofes propiciaram incontáveis oportunidades de participar em ajudar aqueles que tiveram de fugir da área do desastre. Muitos careciam até dos meios para obter o alimento diário. Assim, as pessoas puderam mostrar abnegação por ajudar a outros. Todavia, muitos ainda se têm perguntado:
Haverá um Julgamento Final da Humanidade?
Sim, haverá, conforme a Palavra de Deus mostra claramente. (Mateus 24:37-42; 2 Pedro 3:5-7) Antes que ocorra esse julgamento, precisa ser realizada uma obra de aviso mundial, como profetizou Jesus adicionalmente: "Também, em todas as nações têm de ser pregadas primeiro as boas novas." — Marcos 13:10.
Assim, todos nós precisamos perguntar-nos: ‘O que farei?’ Incentivamo-lo a tomar tempo para investigar o que a Bíblia exorta cada um de nós a fazer, a fim de sobrevivermos a essa calamidade global.

sábado, 3 de janeiro de 2009

A quem se deve culpar pela iniqüidade?

AO ENTRAR em casa, ela logo percebeu que algo não estava certo. Uma olhada de relance confirmou suas piores suspeitas — a televisão, o aparelho de som, algumas roupas e outros itens haviam desaparecido. Daí, um pensamento assustador passou por sua mente: ‘E se os intrusos ainda estiverem na casa?’ Ela se refugiou na casa do vizinho, a fim de ligar para a polícia. Sim, ela fora mais uma vítima do crime.
Caso não tenha sido pessoalmente vítima do crime, provavelmente conhece alguém que foi. É uma cena representada com freqüência no mundo todo por atores involuntários. Segundo uma pesquisa do Comitê de Prevenção e Controle do Crime, da ONU, o índice de crimes comunicados à Polícia aumenta mais rápido do que o índice econômico e populacional das nações.
Pessoas sinceras e honestas em toda parte se afligem com o crime, os assassinatos horríveis, a injustiça e a corrupção que infetam o mundo, e ficam paralisadas pelo medo da violência gratuita. Muitos perguntam: ‘Por que Deus não acaba com isso?’
Esta é uma boa pergunta, e a Bíblia deveras dá a resposta. Contudo, para compreender a resposta é importante reconhecer a fonte, a causa básica da iniqüidade.
Não Se Deve Culpar a Deus
"Há injustiça da parte de Deus?", pergunta o escritor bíblico Paulo. "Que isso nunca se torne tal!", responde. (Romanos 9:14) Mas alguns talvez achem que visto que Deus é todo-poderoso, ele é responsável por tudo o que acontece. Isto não é verdade. Reflita: Um arquiteto projeta uma casa bonita e funcional. O trabalho é da mais alta qualidade, e os materiais usados são os melhores. Os moradores, contudo, danificam e fazem mau uso da casa. Logo ela precisa de muitos reparos. Certamente concordaria que os moradores, não o projetista ou o construtor, são responsáveis pelas condições deploráveis da casa! O mesmo se dá com a humanidade e com a Terra hoje. Conforme explica Deuteronômio 32:4, 5, a atividade de Jeová é perfeita. "Pois todos os seus caminhos são justiça. Deus de fidelidade e sem injustiça." Então, a quem se deve culpar por muitos dos problemas que há na Terra hoje?
O texto continua: "Agiram ruinosamente da sua parte . . . O defeito é deles." Deveras, muitos dos problemas do mundo atual resultam diretamente da própria fraqueza ou, talvez, da obstinação da humanidade. Contudo, há outra fonte e causa muito maior da iniqüidade.
Exposta a Causa Real
Em Revelação (Apocalipse) 12:9, lemos que Satanás, o Diabo, "que está desencaminhando a inteira terra habitada", foi lançado para a vizinhança da Terra. O resultado? O versículo 12 do mesmo capítulo prossegue: "Ai da terra e do mar, porque desceu a vós o Diabo, tendo grande ira, sabendo que ele tem um curto período da tempo." Assim, é ele, o grande Adversário, que instiga muitas injustiças que há na Terra. É verdade que existem pessoas que cooperam com os esforços dele; contudo, é ele que é descrito como "homicida quando começou". (João 8:44) A Bíblia mostra-nos que Satanás, o Diabo, é a raiz dos problemas do homem. Ele não só é a causa, mas aquele que perpetua continuamente a iniqüidade, intensificando seus empenhos nestes "últimos dias". (2 Timóteo 3:1-5, 13) Assim, Jeová Deus não é a causa da iniqüidade. Mas será que ele se importa o bastante para acabar com o sofrimento da humanidade?
Acabará Deus com a Iniqüidade?
Sim, ele realmente se importa, e porá fim à iniqüidade e ao sofrimento. Ele é um Deus de amor, e como Pai amoroso, sabe quais são e quer suprir as necessidades e os desejos de seus filhos. (Salmo 145:16; 1 João 4:8-10) O fato de Deus não ter feito isso ainda não é indício de indiferença. Em vez disso, refreando-se e sendo paciente, fica evidente Sua onipotência e onisciência. Ele sabe qual o melhor tempo para acabar com este sistema iníquo de coisas, e agirá exatamente na hora certa.
A situação pode ser comparada à de uma mulher grávida. Ao passo que está ansiosa pela chegada do bebê, ela sabe que não é necessário ficar indevidamente apreensiva. Entende que leva um determinado tempo para que o bebê em seu útero se desenvolva plenamente. Sem dúvida, haverá um pouco de ansiedade e inquietação na gravidez, mas a chegada de um bebê saudável, plenamente desenvolvido e nascido no tempo normal faz com que toda preocupação e espera tenham valido a pena.
Assim se dá com o glorioso novo mundo de paz descrito na Bíblia. Ele chegará imediatamente depois de o Reino de Deus intervir nos assuntos humanos, removendo o atual mundo injusto. Toda a iniqüidade, então, será coisa do passado. O sofrimento, a dor, a doença e a morte deixarão de existir. (Revelação 21:3, 4) Os responsáveis por todo o sofrimento também serão eliminados. Satanás e seus demônios, bem como as pessoas que se tornaram parte de seu sistema de coisas, terão recebido o que merecem. — Malaquias 4:1; Revelação 20:1-4.
As pessoas não mais ficarão apreensivas de voltar sozinhas para casa, como aquela mulher mencionada no início do artigo. Como ela e seu marido dizem: "Depois que a nossa casa foi invadida, instalamos um sistema de alarme. Já faz alguns anos desde que ocorreu o roubo, de modo que isso não nos causa mais muita ansiedade. Mas sabemos que somente no futuro, sob o arranjo do Reino de Deus, é que usufruiremos paz e segurança reais."
Até que esse iminente dia amanheça, precisamos usar sabiamente o tempo de que dispomos. Pedro diz-nos para considerar "a paciência de nosso Senhor como salvação". (2 Pedro 3:15) E como salvação para outros também, pois ao falarmos às pessoas sobre essa maravilhosa esperança, ‘salvaremos tanto a nós mesmos como aos que nos escutam’. (1 Timóteo 4:16) Agora é o tempo para desenvolvermos qualidades que nos tornarão o tipo de pessoas que viverão nesse novo mundo, em que a iniqüidade será coisa do passado. (Salmo 37:9-11) Precisamos pesquisar a Bíblia não apenas para obter respostas às nossas perguntas, mas também em busca da orientação que precisamos para harmonizar nossa vida com a vontade de Deus