sábado, 9 de junho de 2012


 4026-2370 AEC − a desunião religiosa — como começou

“O homem é, por sua constituição, um animal religioso.” − Edmundo Burke, estadista irlandês do século 18
OS HUMANOS têm necessidade instintiva de adorar. The New Encyclopædia Britannica afirma que “tanto quanto os peritos tenham conseguido descobrir, jamais existiu nenhum povo, em parte alguma, em qualquer época, que não tivesse sido, em algum sentido, religioso”. Já bem desde o começo da humanidade, o homem e a mulher se voltaram logicamente em adoração a seu Criador. Voltaram-se para ele como a Autoridade que poderia oferecer-lhes orientação e conselho. Assim, para todos os fins e propósitos, o nascimento da religião na Terra coincidiu com a criação de Adão. De acordo com a cronologia bíblica, isto se deu no ano 4026 AEC.

Alguns talvez objetem ao uso do termo “criação de Adão”. Mas a teoria não-provada da evolução vem sofrendo, recentemente, alguns fortes abalos, mesmo da parte de seus apoiadores. Para obter informações adicionais, queira ver o livro A Vida Qual a Sua Origem? A Evolução ou a Criação?, editado pela Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados.

Hoje em dia, a pessoa não pode argumentar, à base de fatos, que o relato bíblico sobre uma origem comum para a humanidade é anticientífica. Um artigo da revista Newsweek, de 1988, informava que os geneticistas agora tendem a concordar que o homem moderno originou-se de uma única mãe. Cita o paleontólogo da Universidade de Harvard, S. J. Gould, como tendo dito que “todos os seres humanos, apesar das diferenças na aparência externa, são realmente membros de uma única entidade que teve uma origem bem recente, em um só lugar”. Acrescenta ele: “Há uma espécie de fraternidade biológica, que é muito mais profunda do que discerníamos até o presente.”

Tais fatos comprovam a exatidão da Bíblia. Isto indica que não existe motivo de duvidarmos de sua explicação sobre como se iniciou o conflito religioso.

Como Uma Única Religião Dividiu-se em Duas

The Encyclopedia of Religion (Enciclopédia de Religião) afirma que quase todas as religiões conhecidas possuem determinadas crenças que, ao passo que diferem nos pormenores, são surpreendentemente similares. À guisa de exemplo, elas crêem que a humanidade decaiu da posição original do favor divino, que a morte é desnatural, e que é preciso um sacrifício para recuperar-se o favor divino. Trata-se de forte evidência circunstancial de que todas as religiões da atualidade tiveram uma origem comum.

A Bíblia explica como isto se deu. Conta-nos que o primeiro homem e a primeira mulher rejeitaram a orientação de Deus e se voltaram para outra fonte de orientação e de conselho. Embora, evidentemente, eles não estivessem cônscios de Satanás e da rebelião deste contra Deus, assumiram um proceder independente e seguiram o conselho de uma criatura, representada por uma serpente, em vez de seguirem o Criador. A Bíblia posteriormente revelou que Satanás era a verdadeira voz por trás da desencaminhadora serpente. — Gênesis 2:16—3:24; Revelação 12:9.

Assim, o homem deixou a regência teocrática e estabeleceu seus próprios padrões quanto ao bem e o mal. Adão e Eva, por suas ações independentes, iniciaram a humanidade num proceder que resultaria em muitas religiões diferentes, todas elas constituindo a adoração falsa, em contraste com a verdadeira adoração praticada pelas fiéis testemunhas de Jeová no decorrer da História. Direta ou indiretamente, o beneficiário dessa adoração falsa tem sido o grande Adversário, Satanás. Assim, o apóstolo Paulo podia escrever: “As coisas sacrificadas pelas nações, elas sacrificam aos demônios, e não a Deus; e eu não quero que vos torneis parceiros dos demônios.” Ele passou a mostrar que só existem duas formas de adoração, dizendo: “Não podeis estar bebendo o copo de Jeová e o copo de demônios; não podeis estar participando da ‘mesa de Jeová’ e da mesa dos demônios.” — 1 Coríntios 10:20, 21.

Por conseguinte, a rebelião de Adão iniciou uma segunda forma de adoração, uma que colocava a criatura à frente do Criador. E o verdadeiro patrocinador dessa nova religião era o novo “deus” autonomeado, Satanás, o Diabo. — 2 Coríntios 4:4; 1 João 5:19.

Caim e Abel, os primeiros dois filhos de Adão e Eva, ofereceram sacrifícios ao Criador, indicando que ambos tinham inclinações religiosas. O desenrolar subseqüente dos eventos, porém, mostrou que não estavam unidos em sentido religioso. Isto se tornou evidente com menos de 130 anos de história da humanidade, quando um sacrifício apresentado por Abel foi aceito pelo Criador, ao passo que o de Caim foi rejeitado. Como é óbvio, Deus não se dispunha a aceitar simplesmente qualquer religião pessoal. Este fato deixou Caim irado e motivou-o a assassinar seu irmão. — Gênesis 4:1-12; 1 João 3:12.

Pela primeira vez na história humana, o ódio religioso manchou a Terra de sangue inocente. Não seria a última vez. “Provavelmente metade ou mais das guerras travadas atualmente ao redor do mundo são patentemente conflitos religiosos ou envolvem disputas religiosas”, comentou um colunista moderno de jornal.

Nos dias de Enos, sobrinho de Caim e de Abel, “se principiou a invocar o nome de Jeová”. (Gênesis 4:26) Visto que Abel já havia previamente começado a invocar o nome de Deus com fé, entende-se que esta posterior ‘invocação do nome de Jeová’ significa que as pessoas passaram a empregar tal nome de forma profana, ou dum modo degradante. Tratava-se dum caso patente de hipocrisia religiosa.

O judaico Targum [paráfrase] de Jerusalém, comenta: “Essa foi a geração em cujos dias começaram a errar, fazendo para si mesmos ídolos, e dando sobrenomes a seus ídolos, conforme o nome da Palavra do Senhor.” A idolatria, junto com o fingimento de representar a Deus, tem caracterizado desde então a religião falsa.

Em Judas 14, 15, lemos a respeito da profecia do fiel Enoque a respeito da humanidade idólatra daquele primeiro milênio. Disse ele: “Eis que Jeová veio com as suas santas miríades, para executar o julgamento contra todos e para declarar todos os ímpios culpados de todas as suas ações ímpias que fizeram de modo ímpio, e de todas as coisas chocantes que os pecadores ímpios falaram contra ele.” Tal profecia se cumpriu no segundo milênio da história do homem, quando grassava a religião falsa. A impiedade pode até ter incluído idolatrar os anjos que, em desobediência a Deus, tinham-se materializado na Terra e se casado com “as filhas dos homens”, produzindo uma raça híbrida de “poderosos da antiguidade, os homens de fama”. — Gênesis 6:4.

Noé, contudo, “achou favor aos olhos de Jeová” porque ele “andou com o verdadeiro Deus”. (Gênesis 6:8, 9) Ele e sua família, um total de oito adeptos da verdadeira religião, estavam em número muitíssimo inferior ao dos iníquos. Visto que a religião falsa e aqueles que a praticavam constituíam a ampla maioria, “a maldade do homem era abundante na terra”, e “a terra ficou cheia de violência”. (Gênesis 6:5, 11) Deus determinou trazer um dilúvio para destruir as pessoas que praticavam a religião falsa. Somente Noé e sua família sobreviveram, sob a proteção de Deus, razão suficiente para eles, depois disso, ‘construírem um altar a Jeová’, como um ato de adoração pura. (Gênesis 8:20) O Dilúvio tinha claramente identificado qual dos dois sistemas religiosos que existiam nos dias de Noé era verdadeiro, e qual era falso.

O precedente se baseia na premissa de que o registro da Bíblia é verídico.

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