sábado, 9 de junho de 2012


O Futuro da Religião, Tendo em Vista Seu Passado

Parte 24: Agora e para sempre — as belezas eternas da religião verdadeira

“A religião, se de verdades celestes adornada, basta ser vista para ser admirada.” — William Cowper, poeta inglês do século 18.

NÃO existe nada que possa ser admirado na religião falsa. Ela trouxe à humanidade 60 séculos de miséria e de sofrimento. Seus modos de agir mentirosos, enganadores, traiçoeiros e odiosos a tornaram feia, tanto à vista de Deus como do homem. Longe de ser adornada de verdades celestes, a religião falsa é a antítese da verdade e da beleza.

Dentro em breve, as forças executoras de Deus lançarão, sem nenhuma cerimônia, a religião falsa na cova da extinção eterna. Pouco depois disso, o resto do sistema de Satanás a seguirá. Mas a religião verdadeira, bem como aqueles que a praticam, continuarão a existir. Que alegria, então, será ver suas eternas belezas serem exibidas a um grau que, atualmente, mal podemos imaginar!

Que Belezas?

São muitas as belezas da religião verdadeira. Eis aqui algumas delas. Por que não toma o tempo para examinar os textos bíblicos citados, que provam que tais belezas eternas têm base na Bíblia?
Entre as muitas belezas eternas da religião verdadeira acham-se:

▪ Ela se baseia na verdade de um Deus infalível, cujo nome é Jeová, em quem podemos incondicionalmente confiar. — Salmo 83:18; Isaías 55:10, 11.

▪ Está disponível a todos os de coração humilde, e não é reservada apenas para os que tenham inteligência superior. — Mateus 11:25; 1 Coríntios 1:26-28.

▪ Ela não faz distinção de raça, de condição social e de posição econômica. — Atos 10:34, 35; 17:24-27.

▪ Ela oferece uma bem-fundada esperança de vida num mundo de paz e segurança, sem tristeza, doença, miséria e morte. — Isaías 32:18; Revelação 21:3, 4.

▪ Ela fornece um arcabouço em que os seus membros podem viver como uma leal fraternidade mundial, unidos em doutrina, conduta e espírito. — Salmo 133:1; João 13:35.

▪ Ela oferece a todos — homem, mulher e criança — uma oportunidade de participar ativamente na obra de Deus, dando objetivo à vida. — 1 Coríntios 15:58; Hebreus 13:15, 16.

▪ Ela nos avisa sobre os perigos ocultos, instruindo-nos a portar-nos dum modo a sermos beneficiados. — Provérbios 4:10-13; Isaías 48:17, 18.

E por que se pode dizer que tais belezas são eternas? Simplesmente porque elas durarão tanto quanto a própria religião verdadeira — para sempre.

Preencher as Lacunas

Pode-se dizer que a morte é um dos maiores inimigos da verdade, visto que as pessoas amiúde levam para o túmulo informações que outros humanos não dispõem. Os pormenores exatos até mesmo de eventos comparativamente recentes — para exemplificar, o assassinato, em 1963, do presidente J. F. Kennedy, dos EUA — ainda são uma questão controversial. Quais são os fatos? Quem realmente sabe? Muitos que poderiam saber não vivem mais. E, se isto se dá com um acontecimento de apenas 26 anos atrás, que dizer dos eventos que ocorreram há centenas ou até mesmo milhares de anos?

Adicionalmente, os historiadores são apenas humanos, limitados em conhecimento e trabalhando sob os empecilhos das imperfeições pessoais e de possíveis preconceitos. É por isso que a pessoa objetiva fará bem em evitar ser dogmática sobre coisas a respeito das quais ela não dispõe dum registro de peso, divinamente inspirado.

Escrever sobre a história religiosa apresenta similares problemas, uma vez que as autoridades não raro discordam quanto aos fatos. A Despertai!, na série “O Futuro da Religião, Tendo em Vista Seu Passado”, tentou apresentar fatos bem-documentados, mas é preciso admitir que, na atualidade, existem certas coisas que simplesmente não sabemos. Por exemplo, até que ponto os professos grupos cristãos que existiam durante e depois da Era do Obscurantismo realmente se apegavam ao verdadeiro cristianismo?

A respeito destes grupos, o professor de história eclesiástica, A. M. Renwick, comenta: “É preciso fazer ainda muitas pesquisas históricas a fim de se chegar à verdadeira história e à posição teológica desses numerosos grupos.” De acordo com Renwick, “no passado, os historiadores dependeram demasiado de declarações dos inimigos dos grupos dissidentes para sua avaliação da doutrina e da moral destes”. Naturalmente, depender demais de declarações de seus amigos também poderia resultar num conceito distorcido. Assim, mesmo depois de muitas pesquisas históricas, muitas perguntas ainda continuariam possivelmente sem resposta.

Que dizer da Bíblia? Como livro divinamente inspirado, que incorpora um pouco de história religiosa, ela é confiável em tudo que diz. Mas, ela diz muito pouco sobre todas as diferentes formas de religião falsa que já existiram. Isso é compreensível, uma vez que foi fornecida para servir de compêndio da religião verdadeira, e não da falsa.

Mesmo no que tange à religião verdadeira, a Bíblia não nos diz tudo. Ela nos fornece suficientes informações para identificar com êxito a religião verdadeira, porém, às vezes, omite pormenores. Ao passo que conhecer tais pormenores poderia ser algo fascinante e interessante, no presente, eles não são vitais.
Daí, também, a Bíblia tem lacunas de tempo. Por exemplo, ela silencia quanto ao que aconteceu durante os mais de 400 anos que decorreram entre o término das Escrituras Hebraicas, comumente chamadas de Antigo Testamento, e o aparecimento de Jesus. E, desde que a Bíblia foi completada, já se passaram quase 1.900 anos.

Assim, na maior parte dos 18 séculos, não dispomos de nenhum registro inspirado sobre o cristianismo. É isto que provoca a incerteza sobre alguns cristãos professos, conforme mencionado pelo autor Renwick. No entanto, é evidente que, pelo menos, alguns indivíduos no decorrer dos séculos aderiam ao cristianismo primitivo. Existem, contudo, questões não-solucionadas que têm que ver com os motivos, e, possivelmente, com a sinceridade de certos indivíduos do passado. Que dizer de alguns dos líderes da Reforma? Aliás, que dizer de homens como Confúcio e Maomé? Embora os atuais sistemas religiosos possam ser julgados com exatidão à base de seus frutos, os indivíduos — especialmente se já morreram há muito — com freqüência não podem.

Se, contudo, no novo mundo de Deus, for a vontade do Criador que sejam reescritos os livros de História — inclusive os de história religiosa — isso se tornará possível. Isto acontece por causa de outra beleza da religião verdadeira — a certeza de que os mortos serão ressuscitados. — João 5:28, 29; Atos 24:15.

Imagine só a alegria de obtermos respostas exatas às nossas perguntas por conversarmos com humanos ressuscitados que realmente fizeram as coisas sobre as quais lemos nos livros de História. Imagine só poder preencher os pormenores que faltam, tais como o nome do Faraó que morreu no mar Vermelho e que sofreu as pragas do Egito.

Se tal registro for escrito, algum dia, será escrito para glorificar e vindicar eternamente o fundador da religião verdadeira, Jeová Deus. Disto não pode existir nenhuma dúvida. A questão que deveras permanece, contudo, é a seguinte: Estará o leitor lá, para lê-lo?

Não Basta Sentir Admiração

Nem sempre as belezas eternas da religião verdadeira são vistas tão facilmente como as palavras de Cowper, citadas no início deste artigo, pareceriam indicar. Por conseguinte, o primeiro número da Zion’s Watch Tower and Herald of Christ’s Presence (A Torre de Vigia de Sião e o Arauto da Presença de Cristo) teceu a seguinte observação, há 110 anos: “A verdade, como uma florzinha modesta no deserto da vida, acha-se cercada e quase que sufocada pelo crescimento luxuriante das ervas daninhas do erro. Se almeja encontrá-la, precisa estar sempre à espreita. Se almeja admirar sua beleza, tem de pôr de lado as ervas daninhas do erro e as sarças do preconceito. Se almeja possuí-la, tem de abaixar-se para consegui-la.”

Espera-se que “O Futuro da Religião, Tendo em Vista Seu Passado” tenha ajudado nossos leitores a “pôr de lado as ervas daninhas do erro e as sarças do preconceito”, de modo a apreciar mais plenamente as belezas eternas da religião verdadeira.

Mas o apreço não basta. Apropriado é o provérbio chinês: “O ensino que entra pelos ouvidos mas não penetra no coração é como um jantar saboreado num sonho.” Se havemos de beneficiar-nos pessoalmente das belezas eternas da religião verdadeira — e não apenas sonhar com elas — é vital que aquilo que aprendemos atinja o nosso coração, e não só os nossos ouvidos.

Leia cuidadosamente o quadro intitulado “Identifique Sua Religião Como Verdadeira ou Falsa”. Daí, pergunte a si mesmo: ‘Concordo agora que, no que diz respeito ao império mundial da religião falsa, Voltaire estava certo quando chamou a religião de “a inimiga da humanidade”? Será que este relance na história religiosa me ajudou a identificar a religião verdadeira, e sei eu, neste estágio final dos assuntos humanos, onde ela pode ser encontrada? Se assim for, desejo eu ser como a pessoa descrita por Joseph Joubert, ensaísta francês do século 18, que “deriva dela a sua alegria e o seu dever”?’

Que todos aqueles que respondem sim às perguntas acima continuem a beneficiar-se da leitura de Despertai! e das publicações associadas. Gostaríamos de convidá-lo a seguir o sábio conselho oferecido pela supracitada Torre Vigia de Sião: “Não fique contente com apenas uma única flor da verdade. Se uma só tivesse sido suficiente, não haveria mais. Junte-as sempre, procure outras mais.”

Sim, continue a ajuntar, continue a buscar — busque outras belezas eternas da religião verdadeira!

Identifique Sua Religião Como Verdadeira ou Falsa

▪ A religião verdadeira inspira em seus adoradores um vínculo inquebrantável de amor e de união que não é influenciado por fronteiras nacionais. (João 13:35) A religião falsa não inspira tal amor. Antes, em imitação de Caim, os membros dela se matam uns aos outros em guerras internacionais. — 1 João 3:10-12.

▪ A religião verdadeira se mantém isenta da política humana e se volta para o Criador em busca da solução dos problemas mundiais, por meio do governo do Reino. A religião falsa segue o exemplo de Ninrode na Torre de Babel. Ela se mete na política, confia nos deuses políticos em cujos assuntos ela se imiscui, e, assim, lança a base para a sua própria destruição. — Daniel 2:44; João 18:36; Tiago 1:27.

▪ A religião verdadeira reconhece a Jeová como o Deus verdadeiro, o único capaz de livrar da opressão. A religião falsa, tal como a praticada no Egito e na Grécia antigos, oferece uma multiplicidade de deuses míticos desvalidos, que não possuem mérito algum. — Isaías 42:5; 1 Coríntios 8:5, 6.

▪ A religião verdadeira promete a vida eterna em felicidade na Terra. A religião falsa — por exemplo, o budismo — encara a vida na Terra como indesejável e como algo do qual é preciso libertar-se num incerto outro mundo. — Salmo 37:29; Revelação 21:3, 4.

▪ A religião verdadeira, por meio de seu livro sagrado, a Bíblia, imbui nas pessoas uma fé inabalável; dá-lhes uma esperança garantida e motiva-as a atos de genuíno amor para com Deus e o próximo. (2 Timóteo 3:16, 17) A religião falsa, apesar de seus livros sagrados, é na maior parte ineficaz em fazer tais coisas. — 1 João 5:3, 4.

▪ A religião verdadeira é assinalada por superintendentes humildes. A religião falsa é famosa por seus líderes ambiciosos, de pensamentos independentes, que se dispõem a torcer a verdade e que buscam ganhos políticos ou mundanos. — Atos 20:28, 29; 1 Pedro 5:2, 3.

▪ A religião verdadeira, a via da submissão apropriada a Deus, brande uma espada espiritual, e não uma literal. A religião falsa, por outro lado, transige quanto à doutrina verdadeira, viola a neutralidade cristã, e busca os interesses humanos mais do que os interesses divinos. — 2 Coríntios 10:3-5.

▪ A religião verdadeira conquista os corações dos descrentes para a adoração do verdadeiro Deus. A religião falsa contribui para um clima de ceticismo, de livre-pensamento, de racionalismo e de secularismo. — Lucas 1:17; 1 Coríntios 14:24, 25.

▪ A religião verdadeira, segundo praticada pelas Testemunhas de Jeová, está florescendo espiritualmente como nunca. A religião falsa, com suas saias salpicadas de sangue, sofre de desnutrição espiritual e de declinante apoio. — Isaías 65:13-14.

  Qual é o futuro da religião, tendo em vista seu passado? A religião falsa não tem futuro. Abandone-a! (Revelação 18:4, 5) Volte-se para a religião verdadeira. Ela permanecerá para sempre.

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