sexta-feira, 2 de março de 2012

Em Efésios 2:11-15, será que o apóstolo Paulo se referia a uma barreira literal quando falou de um muro que separava os judeus dos gentios?


Na sua carta aos efésios, o apóstolo Paulo faz um contraste entre os israelitas e os “estranhos”. Ele disse que existia um “muro” que “separava” os dois grupos. (Efésios 2:11-15) Paulo estava se referindo à “Lei de mandamentos” dada por meio de Moisés, mas a palavra “muro” usada por ele talvez tenha feito seus leitores se lembrar de uma barreira de pedra que realmente existia.
No primeiro século EC, o templo de Jeová em Jerusalém tinha vários pátios com acesso restrito. Qualquer pessoa podia entrar no Pátio dos Gentios, mas apenas os judeus e os prosélitos podiam entrar nos pátios do templo. Para separar as áreas reservadas das áreas de acesso livre havia o soregue, um muro de pedra bem trabalhado, supostamente de 1,3 metro de altura. Segundo o historiador judeu Flávio Josefo, do primeiro século, foram colocadas nessa barreira inscrições em grego e em latim, alertando os gentios a não atravessá-la para que não pisassem nos recintos sagrados.
Encontrou-se uma dessas inscrições no idioma grego. Ela diz: “Que nenhum estrangeiro ultrapasse a barreira e a cerca em torno do santuário. Quem for apanhado fazendo isso, será responsável pela sua morte que virá como conseqüência.”
Parece que Paulo usou o soregue para representar o pacto da Lei mosaica, que já por muito tempo separava os judeus dos gentios. A morte sacrificial de Jesus aboliu o pacto da Lei e assim “destruiu o muro no meio”.

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