sexta-feira, 2 de março de 2012

Será que as cidades de refúgio no Israel antigo se tornaram esconderijos para criminosos?


No mundo pagão antigo, muitos templos serviam de refúgio para fugitivos ou criminosos. Na cristandade medieval, igrejas e mosteiros eram usados com a mesma finalidade. No entanto, as leis estabelecidas para as cidades de refúgio do Israel antigo garantiam que elas não se tornassem esconderijos para criminosos.
A Lei mosaica dizia que as cidades de refúgio serviam de proteção apenas para o homicida não intencional. (Deuteronômio 19:4, 5) Ele podia fugir para a cidade de refúgio mais perto de onde morava, fora do alcance do parente (do sexo masculino) mais próximo da vítima. Caso contrário, esse parente podia alcançá-lo e vingar o sangue derramado. Depois de contar aos anciãos da cidade o que tinha acontecido, o fugitivo era levado para ser julgado na cidade que tinha jurisdição sobre o local da morte. Ali, ele tinha a oportunidade de provar sua inocência. Os anciãos analisavam o relacionamento do fugitivo com a vítima para saber se havia existido ódio entre eles. — Números 35:20-24; Deuteronômio 19:6, 7; Josué 20:4, 5.
Se o fugitivo fosse considerado inocente, ele voltava para a cidade de refúgio e tinha de permanecer nas proximidades dela. Essas cidades não eram prisões. Quem se refugiava ali trabalhava e servia como membro útil da comunidade. Depois da morte do sumo sacerdote, todos os refugiados podiam deixar as cidades de refúgio em segurança. — Números 35:6, 25-28.

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