No mundo pagão antigo, muitos templos serviam de refúgio para fugitivos ou criminosos. Na cristandade medieval, igrejas e mosteiros eram usados com a mesma finalidade. No entanto, as leis estabelecidas para as cidades de refúgio do Israel antigo garantiam que elas não se tornassem esconderijos para criminosos.
A Lei mosaica dizia que as cidades de refúgio serviam de proteção apenas para o homicida não intencional. (Deuteronômio 19:4, 5) Ele podia fugir para a cidade de refúgio mais perto de onde morava, fora do alcance do parente (do sexo masculino) mais próximo da vítima. Caso contrário, esse parente podia alcançá-lo e vingar o sangue derramado. Depois de contar aos anciãos da cidade o que tinha acontecido, o fugitivo era levado para ser julgado na cidade que tinha jurisdição sobre o local da morte. Ali, ele tinha a oportunidade de provar sua inocência. Os anciãos analisavam o relacionamento do fugitivo com a vítima para saber se havia existido ódio entre eles. — Números 35:20-24; Deuteronômio 19:6, 7; Josué 20:4, 5.
Se o fugitivo fosse considerado inocente, ele voltava para a cidade de refúgio e tinha de permanecer nas proximidades dela. Essas cidades não eram prisões. Quem se refugiava ali trabalhava e servia como membro útil da comunidade. Depois da morte do sumo sacerdote, todos os refugiados podiam deixar as cidades de refúgio em segurança. — Números 35:6, 25-28.
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