sexta-feira, 2 de março de 2012

Quem eram os “faquistas” mencionados no relato sobre a prisão de Paulo por parte dos romanos?


De acordo com o relato de Atos, durante um tumulto no templo em Jerusalém, um comandante militar romano prendeu o apóstolo Paulo, acreditando que ele era o líder de um bando rebelde de “quatro mil faquistas”. (Atos 21:30-38) O que se sabe a respeito desses faquistas?
A palavra grega para “faquistas” vem do latim sicarii, que significa “usuários de sica”, ou punhal. O historiador do primeiro século Flávio Josefo descreveu os sicários como um grupo de judeus patriotas fanáticos, inimigos implacáveis de Roma, que se empenhavam em matanças políticas organizadas.
Josefo conta que os sicários “matavam as pessoas em pleno dia na cidade. Isto acontecia geralmente nos dias de festa, pois eles se misturavam com a multidão. Com pequenos punhais que levavam debaixo de suas roupas feriam os inimigos”. Quando suas vítimas caíam mortas, eles fingiam que estavam indignados com os assassinatos e conseguiam escapar sem levantar suspeitas. Josefo acrescenta que mais tarde os sicários foram os principais envolvidos na revolta contra Roma em 66-70 EC. Em vista disso, é compreensível que o comandante romano estivesse tão ansioso para prender o suposto líder desse grupo.

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